A expressão primeiros socorros é usada para caracterizar uma série de procedimentos adotados para preservar vidas sob risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência. Esses procedimentos são realizados geralmente por pessoas comuns, com conhecimentos teóricos e práticos acerca das técnicas utilizadas.
Identifica-se a necessidade de aplicação dos primeiros socorros em diversas situações, sendo as mais comuns em acidentes automobilísticos, atropelamento, acidentes domésticos, tumultos, incêndios, catástrofes da natureza, acidentes de trabalho e na indústria, guerras e conflitos, ou mesmo causas fisiológicas em pessoas que sofrem de algum mal, como, por exemplo, um ataque cardíaco (apoplexia).
Os primeiros socorros, como a própria expressão nos remete, são procedimentos utilizados primariamente apenas para preservar a condição de vida de um indivíduo até a chegada de um médico profissional, ou uma equipe médica, para que sejam adotadas as medidas que a situação requer, conforme avaliação profissional e especializada.
Segundo a obra de NOVAES & NOVAES (1994), os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço Jean Henry Dunant, no ano de 1859, projeto apoiado pelo imperador francês Napoleão III, e tinha o intuito de instruir pessoas das comunidades locais, principalmente aquelas que viviam em estado de guerra.
Como resultado desse trabalho, em 1863, Dunant, juntamente com Gustave Moynier, o general Guillaume-Henri Dufour e os médicos Louis Appia e Théodore Maunoir, formaram o chamado comitê dos cinco, que criou o que fora inicialmente chamado "Comité Internacional de secours aux blessés" (Comitê internacional de socorro aos feridos) oqual, no ano seguinte (1864), fora reconhecido pela Convenção de Genebra, e que posteriormente teve seu nome mudado para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, ou simplesmente, a conhecida mundialmente Cruz Vermelha. As ações de Dunant lhe renderam, em 1901, o Prêmio Nobel da Paz.
Desde a sua criação até os nossos dias, as técnicas de primeiros socorros são tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota-se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas e/ou acidentadas acabam vindo a óbito antes de chegar a uma unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros, atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente instruída.